Telefones celulares, telefones sem fio e hubs Wi-Fi se comunicam usando radiação de radiofrequência (RF) na faixa de 3 KHz a 300 GHz. Este tipo de radiação é muito menos potente do que a radiação encontrada nos raios gama, raios-x ou mesmo na luz solar intensa. Como esses dispositivos são tão onipresentes, é importante considerar se a radiação tem o potencial de causar danos, especialmente em populações vulneráveis, como mulheres grávidas e bebês.
Do ponto de vista da pesquisa, essa questão é problemática por várias razões. Em primeiro lugar, a palavra "dano" abrange uma variedade excessivamente ampla de possíveis efeitos. Não há associação óbvia entre radiação de RF e efeitos negativos para a saúde, portanto, qualquer dano real provavelmente será sutil. A avaliação adequada desse risco significa investigar muitas questões específicas, cada uma exigindo voluntários, financiamento e supervisão profissional. Em segundo lugar, é difícil recrutar indivíduos para um grupo de controle que não tenha sido exposto à radiação de RF por longos períodos de tempo. Efeitos adversos à saúde em pessoas expostas não podem ser ligados à radiação de RF sem também demonstrar que pessoas não expostas não sofrem os mesmos efeitos em uma taxa similar. Finalmente, os efeitos da radiação do telefone celular provavelmente surgirão por longos períodos de tempo.
Houve vários grandes estudos sobre os riscos da radiação do telefone celular na última década. Embora esses estudos tenham sugerido várias associações frouxas entre telefones celulares e diferenças sutis de neurodesenvolvimento, até o momento nenhum estudo encontrou evidências sólidas de uma ligação causal entre a exposição à radiação e o dano específico examinado. 1-4 Projetos de pesquisa em animais e células neuronais humanas em cultura identificaram algumas mudanças específicas na função reprodutiva e neurológica, mas nenhum estudo de acompanhamento identificou esses mesmos efeitos em humanos. 5-7
A FCC regula as emissões de radiação de dispositivos móveis para o que eles consideram um nível “seguro”. Até o momento, nenhuma organização importante de saúde emitiu diretrizes sobre o uso de telefones celulares, uma vez que elas se relacionam com riscos à saúde, além de limites na emissão de radiação e aumento do risco de acidentes ou ferimentos durante o uso. O projeto EMF , uma divisão da Organização Mundial da Saúde, é o maior coordenador de informações sobre os riscos à saúde de dispositivos celulares no mundo. Em agosto de 2014, eles ainda estavam coletando seus resultados. Para aqueles indivíduos que continuam preocupados com a exposição à radiação de RF dos telefones celulares, as dicas a seguir são para reduzir ainda mais o risco:
A radiação cai rapidamente com a distância.
Usar o viva-voz ou um fone de ouvido sem as mãos reduz significativamente a quantidade de radiação que chega ao corpo. Evite conversas longas e contínuas via celular.
Coloque o telefone no modo de espera ou de avião ao carregá-lo perto do corpo.
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